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Cultura organizacional para inovação: Experiência no Developer Circles da Meta durante a Facebook Tech Week


Nos últimos anos, o tema da cultura organizacional para inovação ganhou um espaço central nas estratégias de empresas que desejam se manter competitivas em um mundo acelerado e digitalmente integrado. A inovação deixou de ser apenas uma questão de tecnologia e passou a depender fortemente de aspectos humanos e organizacionais. É nesse contexto que a cultura organizacional surge como o verdadeiro motor para mudanças estruturais e sustentáveis.


Durante a Facebook Tech Week, em São Paulo, tivemos a oportunidade de atuar como facilitadores estratégicos no Developer Circles Meetup, uma iniciativa promovida pela Meta. O evento reuniu desenvolvedores de toda a América Latina com o propósito de cocriar ações voltadas a acelerar resultados, fortalecer vínculos e intensificar os valores da comunidade técnica. Mais do que uma conferência, foi um espaço ativo de cocriação, colaboração e protagonismo.

Nossa participação teve como missão principal alinhar os objetivos institucionais da Meta com as necessidades reais da comunidade local. Para isso, aplicamos metodologias modernas de facilitação e criamos um ambiente fértil para a inovação genuína, com foco em promover conexões autênticas e uma cultura colaborativa que sustente o crescimento da comunidade a longo prazo.

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Aculturando

A cultura de inovação, quando bem desenvolvida, é um dos principais diferenciais competitivos de empresas e comunidades técnicas. Ela vai muito além da adoção de novas tecnologias, trata-se de um conjunto de valores, comportamentos e práticas que promovem a experimentação, a colaboração e o aprendizado contínuo. No contexto do Developer Circles da Meta durante a Facebook Tech Week, vimos claramente como essa cultura se manifesta quando os participantes têm liberdade para propor ideias, assumir protagonismo e cocriar soluções alinhadas aos seus desafios reais.


Nesse tipo de ambiente, o papel da liderança muda: sai o controle e entra a facilitação. A cultura de inovação depende de estruturas organizacionais que incentivam a autonomia, o pensamento crítico e a troca horizontal de conhecimento. Foi exatamente o que promovemos por meio das estruturas libertadoras e metodologias de design colaborativo. Os desenvolvedores deixaram de ser apenas ouvintes de conteúdo técnico e passaram a ser agentes de mudança, protagonistas de uma rede que pensa, age e se transforma em conjunto.


Além disso, quando falamos de cultura de inovação em comunidades latino-americanas, é fundamental considerar as especificidades culturais, linguísticas e econômicas da região. Criar espaços de escuta, respeitar a diversidade e incluir múltiplas vozes não é apenas uma boa prática, é uma necessidade estratégica. O evento da Meta mostrou que, ao cultivar uma cultura colaborativa e aberta à diversidade, podemos gerar soluções mais adaptadas, sustentáveis e transformadoras. Essa é a base para ecossistemas de inovação vivos, dinâmicos e realmente conectados com as pessoas.


E como foi


Com cerca de 50 participantes de diferentes países latino-americanos, o Developer Circles Meetup foi um mosaico cultural e técnico. O evento aconteceu de forma trilíngue, em português, espanhol e inglês, e isso exigiu dos facilitadores um cuidado especial com a linguagem, garantindo que todos se sentissem incluídos e participativos. Esse aspecto por si só já foi um exercício de inovação cultural: respeitar as diferenças e construir pontes através da comunicação.


Utilizamos metodologias como Design Thinking, práticas Ágeis e, especialmente, abordagens inspiradas nas Liberating Structures, que são ferramentas de facilitação criadas para ampliar a participação e a criatividade dos grupos. Essas estruturas permitiram que todos os participantes, independentemente do nível técnico, contribuíssem para a cocriação de ideias relevantes para suas realidades locais.

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O processo de cocriação envolveu momentos de escuta ativa, identificação de desafios e desenvolvimento de soluções em grupos. Dinâmicas que incentivaram cada pessoa a refletir individualmente, compartilhar em duplas, depois em grupos e, por fim, no coletivo. Esse formato potencializa a inteligência coletiva e promove protagonismo, pois cada voz tem espaço desde o início do processo.


Durante os exercícios, foram identificados pontos comuns entre os participantes, como a dificuldade de acesso a mentorias técnicas, a carência de documentação em línguas locais e a necessidade de espaços seguros para aprendizado contínuo. A partir desses pontos, surgiram ideias que foram priorizadas em um processo de votação rápida, resultando na definição de três iniciativas para desenvolvimento após o evento.

Propostas e combinados


A primeira iniciativa focou na criação de uma plataforma de mentoria entre pares, onde desenvolvedores mais experientes se disponibilizam para orientar iniciantes. A segunda propôs a formação de grupos locais de estudo com encontros híbridos. E a terceira mirou a curadoria de conteúdos técnicos traduzidos, com apoio de inteligência artificial e voluntários da comunidade.

Os resultados foram promissores. Além do alto engajamento durante o evento, com cerca de 90% dos participantes envolvidos nas dinâmicas até o fim, houve uma avaliação qualitativa muito positiva. Muitos participantes relataram, em feedbacks espontâneos, que o evento proporcionou um senso real de pertencimento e contribuição para algo maior.


Como impacto direto, alguns indicadores e iniciativas estratégicas foram acordadas. Reuniões quinzenais foram estabelecidas, e os participantes começaram a desenhar o primeiro piloto da plataforma de mentoria. Esse é um claro exemplo de como a cultura organizacional de inovação não se limita ao ambiente corporativo, mas pode e deve ser aplicada também em comunidades técnicas e ecossistemas abertos.

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Outro destaque foi a postura da Meta em abrir espaço para esse tipo de construção colaborativa. Ao invés de impor diretrizes, a empresa se colocou como parceira na escuta e no incentivo à ação autônoma dos participantes. Isso fortalece o vínculo com a comunidade e valida uma das principais premissas da inovação contemporânea: o valor está nas conexões humanas e na capacidade coletiva de agir.


Esse tipo de abordagem é corroborado por estudos recentes sobre inovação organizacional. Segundo uma pesquisa da McKinsey & Company (2023), empresas que incentivam a autonomia, a experimentação e a colaboração transversal são 2,5 vezes mais propensas a lançar inovações bem-sucedidas no mercado. O mesmo vale para comunidades: quanto maior o engajamento e o protagonismo, mais sustentável é a inovação.


Ao final do evento, ficou evidente que a cultura de inovação nasce quando há espaço para ouvir, cocriar e agir em conjunto. E mais do que gerar ideias, o Developer Circles Meetup mostrou que é possível ativar uma rede de ação que continua muito além dos dias do encontro.

E como projetamos essa experiencia?


O design do workshop foi cuidadosamente estruturado para oferecer uma jornada de cocriação significativa, adaptada ao perfil técnico e multicultural dos participantes. O ponto de partida foi compreender as expectativas da Meta enquanto organização promotora do evento, alinhando suas diretrizes com as demandas emergentes da comunidade de desenvolvedores da América Latina. A partir desse alinhamento, construímos uma proposta baseada em metodologias ágeis, princípios do Design Thinking e abordagens participativas como as Estruturas Libertadoras, permitindo um formato dinâmico e envolvente para todos os perfis.


A experiência foi dividida em blocos interativos, iniciando com uma abertura de conexão e ambientação, seguida de momentos de escuta ativa sobre os desafios enfrentados pelos participantes em seus contextos locais. Utilizamos dinâmicas como “1-2-4-Todos” e “Troca de Histórias” para estimular a colaboração e o compartilhamento de experiências reais. Essas ferramentas criaram um ambiente seguro para que ideias emergissem de forma orgânica, permitindo que todos se sentissem parte do processo desde o início — uma etapa essencial para gerar pertencimento e engajamento genuíno.


Na fase final do workshop, conduzimos um exercício coletivo de priorização de iniciativas por relevância e viabilidade, utilizando ferramentas visuais simples para facilitar a escolha. As propostas selecionadas foram aquelas que, além de atenderem necessidades locais, mostraram alto potencial de replicabilidade em outros países da região. O encerramento foi marcado por um convite à continuidade: criamos canais de comunicação para o pós-evento e incentivamos a criação de pequenos grupos de trabalho autônomos. O resultado foi mais do que um evento pontual, mas o início de um projeto vivo de transformação impulsionado por cultura de inovação e colaboração.


Cultura organizacional para inovação


A participação da DRIN como facilitadora estratégica nesse processo reforça nossa missão de contribuir para a construção de ecossistemas de inovação mais colaborativos, humanos e eficientes. Acreditamos que inovação não se faz apenas com tecnologia, mas principalmente com cultura, pessoas e propósito.


Mais do que uma facilitação, entregamos uma experiência de construção coletiva, onde o conhecimento circula, as lideranças emergem e os vínculos se fortalecem. E é exatamente esse tipo de transformação que desejamos continuar promovendo em nossas futuras atuações.


Se você faz parte de uma empresa, comunidade ou iniciativa que busca ativar sua cultura de inovação, estamos prontos para cocriar com você. Vamos juntos construir o futuro da inovação, com base na escuta, na colaboração e no protagonismo coletivo.



Igor Drudi



Igor Drudi

CEO Drin Inovação


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