Como a inovação comercial transformou a NSC Comunicação em uma referência catarinense
- Igor Drudi
- 4 de ago. de 2024
- 4 min de leitura
Atualizado: 8 de jun.
A NSC Comunicação, tradicional afiliada da Rede Globo em Santa Catarina, viveu um momento de transformação notável ao se desprender da antiga mantenedora RBS. Essa independência fomentou uma dor e, ao mesmo tempo, trouxe uma oportunidade: redefinir sua identidade, seus produtos e práticas comerciais de forma estratégica.
Acreditamos que esse momento exigia coragem, alinhamento interno e vontade de inovação.
Para enfrentar esse desafio, a DRIN conduziu um processo de cocriação envolvendo a alta gestão e os principais executivos da NSC, espalhados por todas as regiões do estado. Em sessões compartilhadas, mergulhamos em discussões profundas, unindo experiências diversas para reimaginar o modelo de negócios da empresa sempre centrados no usuário, com foco na criação de soluções impactantes.
Esse processo combinou diferentes etapas: workshops intensos, etapas de pesquisa de mercado, prototipagem e teste contínuo junto aos consumidores. O resultado foi que a NSC conseguiu reposicionar seus produtos e práticas comerciais, renovando seu espírito empreendedor e transformando um momento de incerteza em um marco de inovação.

O desafio
Após sua independência da RBS, a NSC Comunicação se viu diante de um cenário inédito e desafiador: como construir uma nova identidade organizacional e comercial que representasse, de fato, o espírito catarinense? Essa pergunta guiou os primeiros passos do projeto. O contexto exigia mais do que ajustes operacionais, era preciso um redesenho estratégico que envolvesse os pilares de marca, produto e relacionamento com o mercado.
A NSC precisava traduzir a pluralidade do estado de Santa Catarina em soluções comerciais alinhadas com o futuro da comunicação. Era necessário se reposicionar não apenas como uma afiliada da Globo, mas como uma marca própria, legítima, conectada às especificidades regionais.
Para dar conta dessa missão de inovação comercial na NSC, adotamos uma abordagem colaborativa e centrada no ser humano. Sabíamos que envolver apenas a alta gestão em decisões estratégicas não seria suficiente. Por isso, organizamos encontros presenciais e online com os principais executivos espalhados por todo o estado, representando diferentes áreas, praças e experiências. A diversidade regional foi encarada como um ativo estratégico, cada voz trazia uma nuance do que era comunicar em Santa Catarina.
Criamos espaços de escuta e cocriação onde ninguém era apenas espectador; todos contribuíam com ideias, percepções e visões de futuro. Essa abertura gerou uma mudança de clima. As pessoas passaram a sentir que estavam construindo juntas algo novo, que superava a simples reorganização corporativa.
Durante essas sessões, utilizamos ferramentas de design thinking para estruturar o pensamento e impulsionar a criatividade. Partimos da empatia com os consumidores finais, os catarinenses, entendendo como consumiam conteúdo, que dores enfrentavam e o que esperavam das marcas de mídia. Em paralelo, conduzimos uma extensa pesquisa de mercado, analisando dados sobre consumo de mídia local e nacional. Descobrimos que o investimento em publicidade digital crescia exponencialmente no Brasil, com destaque para vídeos online e formatos mobile.

Em 2024, por exemplo, os anúncios em vídeo digital ultrapassaram os R$ 15 bilhões, indicando uma mudança clara na forma como as marcas se comunicam com seus públicos. Essa informação nos ajudou a entender que o reposicionamento da NSC não poderia ignorar o digital, mas precisava integrá-lo com inteligência e propósito à sua proposta de valor.
A partir dos dados coletados e da escuta ativa com os executivos, começamos a desenhar protótipos de novos produtos e formatos comerciais. O objetivo era claro: entregar soluções mais atrativas para os anunciantes, mais relevantes para os consumidores e mais conectadas com a realidade de cada praça. Desenvolvemos modelos que combinavam força da TV, credibilidade do jornalismo regional e a flexibilidade do digital.
Testamos essas propostas com stakeholders locais, ajustando o formato com base nos retornos recebidos. Esse ciclo iterativo (idealizar, testar, ajustar) se repetiu diversas vezes ao longo do projeto, garantindo que os produtos lançados ao mercado tivessem real aderência.
A entrega de valor para a inovação comercial na NSC
À medida que as ideias evoluíam, algo ainda mais valioso florescia dentro da NSC: o espírito de inovação. Muitos executivos que antes se viam apenas como gestores de processos passaram a atuar como agentes de mudança. A cultura da experimentação e do aprendizado contínuo ganhou espaço. Mais do que implantar novas práticas, a empresa começava a viver a inovação como algo presente no dia a dia. Um dos marcos disso foi a criação e lançamento do portal Negócios SC, uma plataforma que democratizou o acesso ao planejamento de mídia, reunindo dados, cases e soluções comerciais de maneira autônoma e digital.
Com a adoção das novas práticas comerciais, a NSC iniciou um processo sólido de reposicionamento de seus produtos no mercado. As campanhas passaram a refletir mais a identidade catarinense, as ofertas comerciais tornaram-se mais flexíveis e adaptadas aos diferentes perfis de clientes, e a comunicação da marca foi alinhada com os valores de inovação e proximidade. Os resultados não demoraram a aparecer. A empresa se manteve competitiva mesmo diante de mudanças estruturais no mercado, ampliou sua presença digital e consolidou-se como referência regional em conteúdo e soluções de mídia.
Mas talvez o maior ganho desse processo tenha sido a transformação interna. A NSC passou a enxergar a si mesma como uma organização capaz de se reinventar. Os times se tornaram mais colaborativos, mais conectados à estratégia e mais dispostos a questionar padrões. A inovação deixou de ser um departamento ou um projeto para se tornar uma prática organizacional. O que começou como uma necessidade imposta por uma separação institucional acabou se revelando uma grande oportunidade de renascimento.
Esse caso mostra como momentos de ruptura podem se transformar em alavancas de crescimento quando bem conduzidos. O segredo esteve na combinação entre escuta ativa, colaboração ampla, uso estratégico de dados e coragem para testar o novo. A NSC não apenas superou a transição; ela a usou como trampolim para construir uma nova história — mais autêntica, mais conectada com o seu público e mais preparada para os desafios da comunicação contemporânea.

O projeto da DRIN trouxe resultados sólidos: a NSC Comunicação emergiu como uma organização independente, inovadora e conectada às necessidades do mercado. Suas práticas comerciais foram reposicionadas com base em dados, cocriação e agilidade.
O poder da cocriação, da pesquisa de mercado e do design thinking mostrou-se transformador: criou soluções que fazem sentido, engajam times e entregam valor real aos consumidores e anunciantes.
Convido você a olhar para dentro das suas empresas: como envolver liderança e times em processos de cocriação, embasados em dados e testes, pode gerar não apenas revolução nos produtos, mas renovação na cultura. Se quiser conversar mais sobre isso, estou à disposição.

Igor Drudi
CEO Drin Inovação
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