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Sebrae Desafia: os bastidores de game design em um reality de empreendedorismo

Atualizado: 14 de dez. de 2022

Nenhuma soma de experiências é suficiente para provar que estamos certos, mas basta uma para provar o contrário - Albert Einstein

Quando em 1970, a emissora norte americana PSB apresentou o consagrado “An American Family”, considerado o primeiro reality show da história, poucos imaginavam o poder que ganhariam dentro da indústria de entretenimento, principalmente em temáticas que abordem nossos grandes sonhos de carreira e estilo de vida, como moda, gastronomia, design e... empreendedorismo.


Qual é o papel de um reality show de empreendedorismo e como ele gerar valor para a audiência? Essa foi a minha pergunta quando recebemos o desafio do Sebrae SC, que já tinha de forma muito clara o entendimento do que buscavam.


Fomentar a cultura empreendedora com entretenimento e conhecimento, oportunizando que os pequenos empreendedores catarinenses se vissem representados por participantes que tivessem desafios, dilemas e oportunidades da vida real de mercado.


Ao apresentar realities shows de competição na televisão, os telespectadores seguem os competidores conforme eles são provocados para fora de suas zonas de conforto, e assim entram em uma competição contra outros por objetivos comuns. Na verdade, eles estão acompanhando um grande jogo, no qual ao final um grande vencedor leva um premio maior.


Deste modo o parceria entre o Sebrae/SC e a NDTV nos demandou um projeto de game design, no qual iriamos projetar a sistemática do programa, suas regras e condições, assim como as atividades e dinâmicas a serem aplicadas junto aos participantes.


Ao longo de 8 episódios, o vencedor irá buscar R$ 85 mil em aceleração oferecidos pelo Sebrae, com transmissão aos sábados a tarde em rede aberta pela Record, representada em SC pela NDTV. Esse foi o Sebrae Desafia.



logo do reality show Sebrae Desafia
Sebrae Desafia

Os participantes são empreendedores de micro e pequenas empresas de SC, sendo que estes irão representar cada uma das macrorregiões do estado no qual o Sebrae abrange.


Foram abertas as inscrições por um período, que quando encerrado, os inscritos passaram por um processo de avaliação e triagem, para que assim ao final tivéssemos 8 participantes.


E como foi projetado?

Usamos o game thinking, abordagem de uso dos conceitos de jogos para contextos diversos, como educação e gestão. Com as práticas de design thinking e agile (projeto centrado em pessoas utilizando sprints iterativos de trabalho com muita experimentação e validação) estruturamos um produto sob as premissas do game design e de systems thinking.



Game Thinking Drin Inovação

Traduzindo os jargões do ambiente de inovação.


Com um trabalho sistematizado entre 3 ou 4 semanas, rodamos sprints (um conjunto de tarefas delimitadas em um recurso de tempo bem especifico, em geral, curto entre 1 a 2 semanas), com os seguintes objetivos:


Sprint 01 - Definir as personas e stakeholders (participantes, audiência e instituição, Sebrae) e seus objetivos


Sprint 02 - Compreender e validar os desafios e os temas a serem abordados no programa


Sprint 03 - Construção e validação do game design e dos sistemas


Sprint 04 - Pool de dinâmicas e estruturação de cada episodio


O game design é o projeto em sí, o entregável da nossa demanda. As dinâmicas, regramentos e condições no qual manteremos os participantes e a audiência no flow.


Assim, tivemos como premissas 5 importantes pontos:


  • Competição saudável - o ambiente era de competição, mas saudável e agradável a ponto dos participantes compartilharem muito dos seus aprendizados, perspectivas e até mesmo formarem parcerias e vínculos além do programa.

  • Acúmulo de pontos - Ter um indicador metrificável de que obtiveram sucesso ou não. Ao final de cada eliminação, tinham acesso ao gabarito e suas respectiva pontuação.

  • Recompensas / penalidades - Sabiam claramente as regras, os impasses e o que era vetado. Regras que precisam ser lembradas continuamente aos jogadores, para assim manter a equidade e mitigar erros de processo.

  • Feedback - Curtos, diretos e objetivos, todos sabem o que esta acontecendo em tempo real, precisam ter plena consciência do que estão fazendo.

  • Mapeamento - Entendimento de progresso, sobre onde estão e para irão.


Proposta apresentada, teve seus refinamentos e orientações, avançamos para a próxima fase: facilitar as dinâmicas do programa.


A host do programa foi a gigante e talentosa Rafaela Arns, que além de conduzir forma magnânima os episódios, estava por traz também na direção e concepção do projeto todo. Enquanto a nós coube o game design do reality, a Rafa estava na visão e estruturação do programa em sí.


Conosco ficou a facilitação do momentos de jogos, no qual usamos uma abordagem híbrida bem interessante para o processo. Cada episodio tinha uma temática especifica a ser discutida, cada participante entrava online comigo por videoconferência, sendo ali conduzidos dentro da dinâmica.





Nos momentos de prova e gravações, o Sebrae recebia cada um dos participantes em suas unidades pelo estado de Santa Catarina, no qual já havia uma infraestrutura pronta e profissionais da instituição, nossos staffs dessa aventura, entregando a melhor experiência para os participantes.


Ai tem todo o trabalho de televisão envolvido (que eu não conhecia, fiquei encantado, parabéns a todos!), tem muita técnica envolvida, das tecnologias as metodologias de trabalho, uma escola que não tinha experimentado ainda.


Muito trabalho, energia, pessoas e recursos e coração são entregues em projetos desse tamanho, o resultado é muito satisfatório


Confira como foi a 2ª temporada dessa entrega diferente que tivemos o privilegio de contribuir:



Espero que curtam, compartilhem conosco um pouco do que acharam do programa e dessa visão de projeto na construção de uma experiencia como essa.


Um grande abraço e até mais!









Igor Drudi

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